Uma visão utilitarista: o julgamento e a discriminação social como método
A greve e a possibilidade de revolução explicadas aos tecnocratas como se tivessem 10 anos:
Podemos imaginar as sociedades como máquinas-puzzles orgânicas construídas pelas suas próprias peças para as suas próprias peças de acordo com um manual de instruções que vai tendo pequenas revisões. Nenhuma revisão desse manual consegue prever onde todas as peças se conseguem encaixar. Assim, a função destes manuais de instruções só pode ser garantir liberdade de escolha às suas peças para se encaixarem onde melhor se adaptarem, dignificando-as enquanto elementos úteis.
Como em todas as construções da natureza, a máquina-puzzle nunca consegue ser totalmente eficaz, isto é, não é capaz de aproveitar todo o potencial das suas próprias peças. Há sempre energia desperdiçada e, mais grave que isso, há peças que vão ficando de fora. As revisões fazem-se não só para optimizar o funcionamento das peças que estão integradas mas também para integrar as que estão de fora. Por mais revisões que se façam a liberdade de uma sociedade é imensa: todas as peças podem encaixar de maneiras diferentes e existem infinitas maneiras de se juntarem. Pode alterar-se tudo desde que se tente sempre encaixar todas as peças. As revisões, quando são mal feitas, podem não só manter a discriminação entre os elementos da máquina agravando a ineficácia da máquina como podem tornar desnecessárias ainda mais peças para dar mais espaço a outras consideradas essenciais. Quando as peças ficam de fora, lutam por um lugar de volta ao aparelho que as dignifique enquanto parte. Pode criticar-se essa luta mas nunca se pode ignorar que quem faz essas revisões é o principal responsável, porque tem mais poder. Às vezes, a quantidade de peças esquecidas é tão grande que se começam a construir outras pequenas máquinas ao lado, máquinas-puzzle marginais. Se por algum motivo a quantidade de máquinas marginais for capaz de criar uma nova grande máquina-puzzle mais eficaz e com liberdade suficiente para deixar que as peças das outras máquinas se integrem dignamente, dá-se uma revolução. A máquina antiga desintegra-se. O processo repete-se de tempos a tempos.
Podemos imaginar as sociedades como máquinas-puzzles orgânicas construídas pelas suas próprias peças para as suas próprias peças de acordo com um manual de instruções que vai tendo pequenas revisões. Nenhuma revisão desse manual consegue prever onde todas as peças se conseguem encaixar. Assim, a função destes manuais de instruções só pode ser garantir liberdade de escolha às suas peças para se encaixarem onde melhor se adaptarem, dignificando-as enquanto elementos úteis.
Como em todas as construções da natureza, a máquina-puzzle nunca consegue ser totalmente eficaz, isto é, não é capaz de aproveitar todo o potencial das suas próprias peças. Há sempre energia desperdiçada e, mais grave que isso, há peças que vão ficando de fora. As revisões fazem-se não só para optimizar o funcionamento das peças que estão integradas mas também para integrar as que estão de fora. Por mais revisões que se façam a liberdade de uma sociedade é imensa: todas as peças podem encaixar de maneiras diferentes e existem infinitas maneiras de se juntarem. Pode alterar-se tudo desde que se tente sempre encaixar todas as peças. As revisões, quando são mal feitas, podem não só manter a discriminação entre os elementos da máquina agravando a ineficácia da máquina como podem tornar desnecessárias ainda mais peças para dar mais espaço a outras consideradas essenciais. Quando as peças ficam de fora, lutam por um lugar de volta ao aparelho que as dignifique enquanto parte. Pode criticar-se essa luta mas nunca se pode ignorar que quem faz essas revisões é o principal responsável, porque tem mais poder. Às vezes, a quantidade de peças esquecidas é tão grande que se começam a construir outras pequenas máquinas ao lado, máquinas-puzzle marginais. Se por algum motivo a quantidade de máquinas marginais for capaz de criar uma nova grande máquina-puzzle mais eficaz e com liberdade suficiente para deixar que as peças das outras máquinas se integrem dignamente, dá-se uma revolução. A máquina antiga desintegra-se. O processo repete-se de tempos a tempos.