segredava-te do tempo o vão aspecto e quero dizer-te: não morras nunca mais



segredava-te, do tempo o vão aspecto;
existias de noite como a letra
de todo o movimento, e das estrelas
o céu pintado ao fundo;
e distraído, às vezes confessava
amar a tua pele como quem
quero dizer-te: não morras nunca mais.


AFA, 1999

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