Pequeno guia da mudança – ideia de trazer por casa publicada num blogue à maneira.
"Bancos foram salvos, mas Europa pode ter geração perdida" o caralho.
A geração que mais vai perder não é a nossa... Não temos nada a perder. Mas a vossa... ora... Como é que eu posso explicar isto: se calhar deviam ter pensado um pouco antes de se terem contentado com a amostra de democracia que tiveram durante uns anos.
1º vão perder os direitos para os quais julgam ter andado a trabalhar (e.g. reforma, saúde pública...)
2º vão perder os líderes que muito provavelmente serão presos ou linchados, para grande satisfação vossa também, (esperemos apenas que a revolução se inicie num processo democrático ou de forma pacífica, porque se não vamos ter imagens novas no facebook)
3º e como é natural, perderão os hábitos quando o sistema que nós desenharmos se começar a implantar. O que é bom para a maioria das pessoas mas chato para quem tiver mais de 75 anos.
Caríssimos amigos que saíram para a rua: Boa, baril, muita nice... mas a manifestação de desagrado é apenas o 1º passo. Agora é essencial pensar um modelo social à imagem da nossa época. E, depois de desenhado deve ser debatido, melhorado e partilhado.
A seguir deverá seguir-se uma campanha nacional de informação, ao mesmo tempo, convém iniciar um trabalho de relações internacionais no sentido de fazer com a mudança aconteça simultaneamente.
Sem esta preparação e esta ambição, não creio que a minha geração consiga ficar na história por outro motivo que não seja o do uso continuado de redes sociais arcaicas como se se tratassem de paredes velhas de uma escola da qual nunca se sai.
Às vezes parece-me que o pessoal se esquece que a nossa época somos nós, a nossa tecnologia, o nosso conhecimento, sensatez, imaginação, a nossa consciência, as nossas acções. Parece que tudo o que imaginamos é engraçado e que não passa disso. Talvez tenha que ver com o modelo educacional português, onde os professores orientam excessivamente os alunos de acordo com as suas "crenças" pessoais, em vez de aprenderem com eles, e darem credibilidade, ou pelo menos o benefício da dúvida, ao debate dos estudantes... Para ser honesto, não sei porquê, ao certo. Foi só um palpite, um instinto. Como em todo o lado, há professores exepcionais. Mas sei que se não houver mudança, mais triste será o cenário. Se temos uma geração perdida, é porque que ela própria se deixou enrolar no fio do discurso da cultura que a fermentou, e foi habituada a achar absurda a ideia de que ela própria possa fazer coisas grandiosas. Que até tem medo do que seja capaz de fazer se puder decidir alguma coisa, tanta é a sua revolta, falta de confiança e de independência.
Assim, porque há quem goze e quem não acredite quando alguém diz que as coisas vão mudar para melhor permitam-me: vão mudar, sim. Se não for por todas as razões, mudarão apenas porque não é óbvio e para o que não é óbvio. Há coisas que não são óbvias. Percebem?
A geração que mais vai perder não é a nossa... Não temos nada a perder. Mas a vossa... ora... Como é que eu posso explicar isto: se calhar deviam ter pensado um pouco antes de se terem contentado com a amostra de democracia que tiveram durante uns anos.
1º vão perder os direitos para os quais julgam ter andado a trabalhar (e.g. reforma, saúde pública...)
2º vão perder os líderes que muito provavelmente serão presos ou linchados, para grande satisfação vossa também, (esperemos apenas que a revolução se inicie num processo democrático ou de forma pacífica, porque se não vamos ter imagens novas no facebook)
3º e como é natural, perderão os hábitos quando o sistema que nós desenharmos se começar a implantar. O que é bom para a maioria das pessoas mas chato para quem tiver mais de 75 anos.
Caríssimos amigos que saíram para a rua: Boa, baril, muita nice... mas a manifestação de desagrado é apenas o 1º passo. Agora é essencial pensar um modelo social à imagem da nossa época. E, depois de desenhado deve ser debatido, melhorado e partilhado.
A seguir deverá seguir-se uma campanha nacional de informação, ao mesmo tempo, convém iniciar um trabalho de relações internacionais no sentido de fazer com a mudança aconteça simultaneamente.
Sem esta preparação e esta ambição, não creio que a minha geração consiga ficar na história por outro motivo que não seja o do uso continuado de redes sociais arcaicas como se se tratassem de paredes velhas de uma escola da qual nunca se sai.
Às vezes parece-me que o pessoal se esquece que a nossa época somos nós, a nossa tecnologia, o nosso conhecimento, sensatez, imaginação, a nossa consciência, as nossas acções. Parece que tudo o que imaginamos é engraçado e que não passa disso. Talvez tenha que ver com o modelo educacional português, onde os professores orientam excessivamente os alunos de acordo com as suas "crenças" pessoais, em vez de aprenderem com eles, e darem credibilidade, ou pelo menos o benefício da dúvida, ao debate dos estudantes... Para ser honesto, não sei porquê, ao certo. Foi só um palpite, um instinto. Como em todo o lado, há professores exepcionais. Mas sei que se não houver mudança, mais triste será o cenário. Se temos uma geração perdida, é porque que ela própria se deixou enrolar no fio do discurso da cultura que a fermentou, e foi habituada a achar absurda a ideia de que ela própria possa fazer coisas grandiosas. Que até tem medo do que seja capaz de fazer se puder decidir alguma coisa, tanta é a sua revolta, falta de confiança e de independência.
Assim, porque há quem goze e quem não acredite quando alguém diz que as coisas vão mudar para melhor permitam-me: vão mudar, sim. Se não for por todas as razões, mudarão apenas porque não é óbvio e para o que não é óbvio. Há coisas que não são óbvias. Percebem?