Globalização: quando um canal americano de uma estação chinesa liga a um português para comentar a decisão de um italiano na Alemanha (e vem um DJ comentar o post)


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  • João Alves Marrucho Quando diz incentivar a economia em programas do BCE/governos refere-se ao quê? A empréstimos por parte do BCE a empresas/bancos ou a injecções de moeda na administração pública com políticas pro-produtivas e de aumento salarial?
  • João Alves Marrucho faz alguma ideia?
  • Paula Silveira Global, realmente, em ingês excelente...
  • Pedro Santos Guerreiro Olá João. A referência que faço é a programas financiados pelo BEI e pelos Estados. Veja este parágrafo do relatório de ontem da troika de avaliação da Irlanda: "Unemployment remains stubbornly high, and is increasingly long-term in nature. Reducing it must remain an urgent policy priority. A revival in private sector employment is expected to begin in 2013, but the unemployment rate may decline only gradually, hindered by the prevailing significant skills mismatches among the unemployed. Stepped up efforts to help the long-term unemployed are needed, including redeployments to raise the number of case managers and ensuring their adequate training, mobilising resources for activation through the involvement of the private sector and providing relevant education and training opportunities for the unemployed. Accelerating the implementation of investment projects, including those funded by the European Investment Bank, National Pension Reserve Fund, private investors, and by a portion of state asset sale proceeds could also help to address the unemployment challenge in a timely manner."
  • Pedro Santos Guerreiro Ou seja: a Europa está a voltar a ser keynesianista. TGVês, energia, inovação, essas coisas. Projectos de investimento europeus financiados por dinheiro público ou do BEI. Outra vez...
  • Pedro Santos Guerreiro Do lado do BCE, o que é importante é o câmbio do euro versus inflação, e levar o financiamento à economia real.
  • João Alves Marrucho Além da venda de activos pertencentes à administração pública, das políticas de mobilidade e formação que já por cá andam há muito tempo, apenas diz, muito a medo que a taxa de desemprego pode descer algures em 2013, se acelerarem processos de investimento. Não se vislumbra nenhum tipo de consciência socio-económica. 
    Sugerem investimento em inovação mas a população portuguesa empregada com licenciatura é maioritariamente madura e regra geral mais renitente à mudança de procedimentos e com medo de errar. Sem erro nem mudança não há inovação. 42% dos adultos até 35 anos com licenciatura está desempregada em Portugal. Além disso, fazer um TGV não é um projecto de activação da economia. É um investimento largo que emprega poucas pessoas durante pouco tempo e que é adjudicado a uma empresa grande que pode decidir aplicar os lucros em mercados financeiros. Isto de Keynesiano tem pouco ou nada.
    Além de que por mais empréstimos que o Banco Europeu de Investimento faça, eles têm de ser devolvidos com a taxa de juro adjacente. Quanto ao BCE a Europa não está a aumentar as exportações, não tanto como as economias emergentes, portanto não há procura de activos em euros à escala que seria necessária para que se pudesse emitir mais dinheiro. E se o BCE não produzir mais moeda será obviamente impossível pagar esses empréstimos, pelo menos no cenário de crise de dívida publica e privada que vivemos. 
    Ou estarei errado?

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