Quanto ao texto sobre a Vontade e a Fé.

Chamaram-me a atenção. Pode baralhar. Mas é assustadoramente simples. Por via das dúvidas aqui fica uma versão comentada:

O problema inicial é como saber 
o que é e o que não é amor.
Quando se acha a pessoa, (o outro ou ou o Outro, dependedo do que se sente, que despoleta a questão) na dúvida, trata-se simplesmente de querer ou não (amar essa pessoa). As pessoas que sabem o que o amor não é (há pessoas que julgam que o amor não é egoísmo, outras que não é altruísmo, ou que o amor não é sofrimento, ou ainda que o amor não é felicidade etc.) mas (este "mas" pode ser substituído por um "e", não mudando o teor da mensagem) não acreditam saber o que é (não sabem o que é ou porque pensam que não encontraram "a pessoa certa", ou que julgam que não existe, que é uma ilusão, podem tão somente estar perdidas, não ter certezas sobre o que seja, pois se soubessem, se tivessem certezas sobre o que é saberiam que o amor é, provavelmente o sentimento mais rico de todos e que nenhum comportamento, gesto, acontecimento, característica, exclui por si só a possibilidade de ser amor) tentam chegar lá por exclusão de hipóteses (se não sabem o que é mas/e sabem o que não é vão ter de ir excluindo as hipóteses para conseguirem chegar à reposta) e provavelmente, se mantiverem a mesma atitude durante a vida inteira, devem chegar ao fim com todas as hipóteses excluídas. Com todas as que conseguiram testar e observar pelo menos. Para quem prefere acreditar que sabe (o que o amor é), se correr mal (porque às vezes mesmo existindo amor a coisa corre mal), é uma questão de querer voltar a crer (é uma questão tão simples como a de querer acreditar que o que se sente é amor, em suma ter vontade de amar/acreditar) ou, na pior das hipóteses, de crer que é possível voltar a querer (que é uma questão um pouco difícil como a de voltar a acreditar que é possível querer o Outro outra vez). Por outras palavras, o amor constrói-se na vontade (quando queres acreditar nele) e destrói-se na falta dela (quando não queres acreditar nele). O resto é fé (vontade de acreditar, ou acreditar na vontade).


Os gestos e comportamentos perante tal sentimento podem ter as mais diversas qualidades dependendo do comportamento, carácter, contexto e história de vida de cada um. Pode ser uma coisa doentia, ou uma coisa saudável, pode ser uma triste, pode ser alegre, profunda ou superficial, preta ou branca).
O que eu quero dizer, é que amar ou não amar é uma decisão pessoal, que pode ser fácil ou difícil de tomar, mas é uma decisão de uma pessoa. Arrisco a dizer que é o maior poder e a maior responsabilidade de cada um.
Obviamente, como se pode concluir pela aplicação das cores às palavras, eu sou dos que acreditam saber o que é, e declaro-me conhecedor desse sentimento. Para o distinguir, uso a minha vontade e a minha fé. Quero essa pessoa? Tenho coragem para me atirar de cabeça confiando correr tudo bem? Se ambas as respostas forem positivas e se esse sentimento for correspondido, resta a vivência do amor: a química e a generosidade. :)

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