Hei :)



Na proposta que te enviei encontrou-se um erro crasso nas regras de produção da moeda. O facto de a dívida ser sempre maior que o dinheiro existente para a pagar, além de estar a acabar com classe de muitos média de muitos países desenvolvidos está a escravizar os próprios Estados. É um retrocesso civilizacional criado numa sociedade onde existe défice democrático. Esta democracia precisa de ser sofisticada e a representatividade dos cidadãos deve ser maior, é certo, mas não é por vivermos numa democracia apodrecida que devemos aceitar o mercado substitua o Estado. Assim considera-se que a produção de moeda não pode continuar na mão de privados. Passa mais a ser um serviço público.


A administração pública não tem como objectivo o lucro, e deve administrar os bens essenciais. Isto parece-me ser tão somente razoável. Apenas podemos dizer que uma administração pública maior significa mais corrupção, porque esta, ao contrário da privada está a administrar bens e direitos do todos com o objectivo de criar uma sociedade mais justa, e muitas vezes tem falhado nesse objectivo. No entanto a admistrção privada nem sequer tem esse objectivo. 
Com escrevi com alguma ironia no A UNIDADE DA ECONOMIAUm apologista da política liberal deverá então considerar que para o Estado poder deixar de agir e criar leis que controlem o mercado, uma melhor definição de empresa, será a de "pessoa colectiva que vende bens e/ou serviços pertinentes, com o objectivo do melhoramento da sociedade em geral e que preste gratuitamente bens e serviços essenciais a todos os que precisem".

Infelizmente a democracia, e as ferramentas da administração pública, assim como as da privada, ainda não estão sofisticadas o suficiente. Para começar, a própria lei permite promiscuidade entre administração privada e gestão do erário público. E isso não ajuda à história.

Este sistema compreende que o Estado é Administração Privada e Administração Pública. No entanto vem impedir que a liberdade de uma instituição privada (como um banco) não seja a causa de prisão de outra.

Neste momento 1% da população tem recursos financeiros exagerados. 15% de desempregados que lutam contra isto não é propriamente egoísmo. Claro que os países emergentes estão a ver os seus ordenados a mínimos a subirem mas, ainda desrespeitam os direitos laborais que conquistámos na Europa. Com a informação a chegar os trabalhadores chineses vão ver que estão ser explorados. Os países que importam à China poderão ter que fazer boicotes à importação de produtos chineses, indianos para repor as suas próprias economias... sei lá... só sei que não é possível competir com países que não respeitam os direitos humanos e que consomem recursos ecológicos a preços imbatíveis. O actual sistema monetário não tem isso em consideração. Este sistema financeiro compreende isso (com uma taxa ecológica) e como nivelamento das compensações laborais em todos os países. 
É impossível dizes tu e muito bem.  Mas o possível não funciona. E quando o ser humano se vê apertado tende a ter fé! 
Deixo-te uma ideia sobre a urgência deste assunto sobre isto:  http://gizmodo.com/the-club-of-rome/ 
Ainda vamos estar vivos quando os resultados da manutenção destas políticas financeiras e económicas assolarem o mundo inteiro... Por isso se em 2030 não quiseres perder metade dos teus amigos, mas vale começares a pensar em ideias para uma sociedade melhor porque os actuais dirigentes e os meios de comunicação não o estão a fazer por ti.

Ainda vamos a bom tempo de mudar. Mas não é possível acreditar neste sistema e pensar dentro da caixa para resolver a questão. 

Um abraço

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