Que cena!

Corpos egantes e visíveis. Quando a Joana chegou sentou-se ao meu lado para me explicar o caminho, por baixo da mesa, meteu a perna em cima da minha. Não havia maldade nenhuma naquilo... Conhecíamo-nos desde os 3 anos e já tinha havido o que tinha que  haver quando tínhamos 15 anos. A Maria José, estava a falar com o Gonçalo, à espera que toda gente se preparasse. Estava incrível. Tinha uns calçoes de jogging curtos, umas sapatilhas de cross training, uma camisola de alças nem muito larga nem muito justa e mochila às costas.
Apareceram duas ruivas que não tinham mais que 20 anos mas não conheciam ninguém. Estavam meio perdidas à espera de alguém. Entre conversa de circunstância e risos inseguros varriam o espaço do café com o olhar. O Rudolfo e o amigo chegaram mesmo depois de eu tirar a pinta às ruivas com a conveniente discrição. Percebi que era deles que elas estavam à espera.
E pensei, enquanto trincava o panike misto: estas catraias são do norte da Europa. Ninguém, vem fazer uma caminhada pelos penhascos da costa de calças de ganga justinhas.

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