JAM TEXTO A UNIDADE DA ECONOMIA

Hoje levantei-me de manhã com vontade de mudar o mundo. Nem consegui dormir. Fui tomar o pequeno almoço à pastelaria Ateneia, ao lado do Banco de Portugal. À minha frente estavam sentados 5 tipos de fato e gravata. Mas não eram umas gravatas normais. Eram gravatas boas! Não eram meros responsáveis por balcões de agências bancárias. Eu até acho que já os ouvi a todos na televisão. O tipo do café estava a dizer que eram da troika, mas não sei... As caras eram-me familiares isso eu sei... Então escrevi 5 vezes as palavras chave que dão para procurar o meu texto no Google. JAM TEXTO A UNIDADE DA ECONOMIA (http://jamtexto.blogspot.com/2010/08/unidade-da-economia.html), numa nota de cinco euros. Fiz-lhe rasgos em cinco partes e dirigi-me à mesa deles: — Bom dia, desculpem a interrupção. Os senhores têm ar de trabalharem em economia. — um dos senhores para o qual olhei, lançou o lábio inferior para a frente e para baixo como quem não queria a coisa e balançou a cabeça como quem dizia que não. Então voltei à carga: — Finanças? — ninguém negou. — Gostaria de lhes deixar cinco palavras a cada um. Para as entenderem, têm de ir ao Google, que os senhores devem conhecer... é uma empresa grande — enquanto isso ia acabando de rasgar a nota e distribuindo as palavras à frente deles. Juro que ouvi um deles rir-se. As caras para as quais ia olhando sorriam com confiança. Um deles estava meio incrédulo — É que sabem, tenho andado a pensar nesta situação toda e tenho algumas ideias boas, que podem ajudar... gostaria que lessem o que imaginei. Se me puderem fazer o favor de ler, ficaria muito agradecido. É só irem ao Google e pesquisarem por estas palavras. Muito obrigado pela atenção. Bom dia. — E vim...




Entretanto cheguei ao Lófte e apontei mais uma ideia para sofisticar a democracia: 
O fim da presidência da república para um só homem.
A figura do presidente da república pode ser modificada. O poder de dissolução da assembleia da república é um poder demasiado forte para ser atribuído a uma só pessoa, que não tem qualquer obrigação de investigar e planear, ou se tem não é controlada, nem supervisionada. Assim no sentido de substituir este orgão por um mais competente, proponho que os poderes e as responsabilidades do presidente da república sejam transferidas para uma comissão de três a cinco cientistas (sempre ímpar). No século XXI já vivemos numa sociedade em que a maior parte dos eleitores é, mais que alfabetizado, dono de conhecimentos de nível superior. Estas pessoas (nós) estão habilitadas a votar em projectos de investigação que julguem ser do interesse do país. Esta comissão deve ser constituída por três ou cinco especialistas distintos e deverá, ainda antes das eleições, ter então um programa que abranja 6 áreas gerais de investigação distintas. E deve contemplar vários estudos particulares com o objectivo de concluir e inovar pensado sempre no que pode interessar mais para o país em termos estratégicos. Estas áreas podem variar: da sociologia à antropologia. da genética à electrónica, da geologia à medicina... etc... todas as ciências poderiam fazer parte do programa base de investigação nacional. As pessoas votariam nos programas dessas comissões que, tal como os candidatos a presidente da república, teriam direito a tempo de antena. E nesse tempo de antena tentariam explicar aos portugueses porque é que os estudos deles seriam relevantes para o país. Assim teríamos a certeza de que o nosso presidente não era um velho ultrapassado com ideias caquéticas e sem qualquer visão sobre um futuro melhor, mas uma comissão competente e com vontade de fazer progredir o país.

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