ontem e Hoje

Ontem saí à noite. Já não saía há muito tempo, se considerar o ritmo da Faculdade que para mim não acabou assim há tanto tempo quanto isso. Lembro-me de uma ou outra semana em que saí todos os dias até ser dia e muitas em que saí 5 vezes seguidas e de mais em que saí só três vezes.
Ontem fui ao Passos, e lá estive em modo de conversa relaxada com quem lá está sempre. Até às 3:30... Bebi 6 cervejas e acordei com uma dor de cabeça que não me deixou instalar os caixilhos das lâmpadas. Mas levantei-me às 9:00 e fui lá provar a mim mesmo que precisava de voltar para casa. Descansei o dia todo. E adiei trabalho.
À noite fui jantar com pessoas novas. Outras realidades. E dei comigo no Museu de Serralves a perceber porque é que já lá não ia há muito tempo. O meu estado de espírito não era interessado e talvez por isso não tenha empatizado com nenhum trabalho da nova exposição. O estado de alma compromete o interesse e o gosto, é certo, mas em parte dou aos artistas a responsabilidade para mudarem um modo pior. E os meus olhos descansaram quando fui ao espaço que Serralves tem na Baixa e vi as peças do Renato Ferrão. Apesar de tudo, estas noites são emocionalmente muito desgastantes. Queria abraçar muitas pessoas, falar com calma e tempo com velhos amigos. Sem por sal nas feridas que os muros apertados desta cidade vão raspando. Não há-de vir tempo para isso. Tenho que o reservar eu próprio.

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