Fuga para a frente.

Certezas sobre a maioria dos designers que têm emprego:

-não usam as suas crenças mais sólidas nos seus trabalhos
-não escrevem
-são bem dispostos e têm sempre qualquer coisa exótica para mostrar
-falam uma língua onde amassam e desfazem as palavras escritas por outros
-pensam que só eles é que têm I-Pods
-acham que ir ao cinema, fazer downloads de bandas indie, ler livros, e ver um documentário é pensar
-conseguem dar uma opinião sobre qualquer coisa, que não vá mais longe do que a sala onde se encontram ou interfira com o seu trabalho de alguma maneira
-não percebem quase nada de economia, de pintura, de música ou de tipografia
-copiam outros designers
-viajam ao estrageiro pontualmente e cada vez que o fazem produzem um trabalho mais inspirado porque conseguem copiar outros designers

Se reúne estas características todas não sei bem que lhe diga... Olhe, vá à Experimenta.


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Depois de ler o ípsilon de hoje fiquei com a ideia que os envolvidos na Experimenta acordaram de um sono forçado e que agora estão a despertar, a levantarem-se com tonturas. Estão a medo a pôr os pés no chão. O futuro afigura-se difuso e parece que desliza. Querem-se menos coisas no caminho.
Parece que os designers podem hoje ser entendidos como elementos duma classe profissional constituída apenas por sonhadores que durante anos foram hipnotizados pelas leis do lucro rápido, das estratégias eficazes, e da crescente oferta de produtos diferentes.

Gostava de perceber se estão meio zonzos só porque acabaram de acordar ou simplesmente porque não têm comido bem nos últimos anos.

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