Formatos:
O tocador de computador ou de outro instrumento digital só há pouco tempo começou a ser visto pelos palcos.
Ás vezes esconde-se atrás do "laptop" (Computador Pessoal de Colo). Outras vezes prefere somar ao portátil as possibilidades de interacção de um controlador midi (pode ser uma Kaos Pad (Kid606), um Pocket Fader (Nathan Fake), ou um teclado com "tweaks" (botões rotativos que enviam um sinal respectivo ao grau em em que orienta). Tenho também presenciado actuações em que a maior parte do "instrumental" está pré-gravada num disco de P.C. ou num Minidisc, sobre a qual o músico cola uma voz, mais um ou outro instrumento no sentido mais clássico do termo. Lembro-me de um caso recente em que o instrumentista apenas possuía um computador e, a meio da situação expositiva, abandonou o palco e deixou o espectáculo a cargo do instrumento. Foi ao bar fumar um cigarro voltou e fez com que o som parasse.
Estes modos de apresentação do trabalho ainda não estão claramente institucionalizados e são sempre alvo de comentários no final dos espectáculos. A coisa é nova e não existe por aqui nenhum consenso sobre qual a melhor maneira de convencer uma audiência que fez bem em pagar bilhete. A verdade é que como instrumento o "laptop" permite, além de uma automatização dos conteúdos e da fixação desse resultado, um contributo activo do músico ao vivo e até do próprio público. As possibilidades são infinitas e, assim sendo, cada caso merece um estudo apropriado, e não apenas uma colagem da actuação típica de cada artista, indiferente às características do público e às características espaço.
Os produtores de música digital têm tido algumas dificuldades em afirmar um formato apropriado para uma actuação ao vivo mas, para mim, isso apenas se manifesta quando existe falta de dedicação. Às vezes tudo se pode resolver com uma ou duas palavras dirigidas ao público em som ou escritas numa projecção. E não vale a pena falar na falta de espaços apropriados e de público des-informado porque eles já cá estavam antes dos computadores e dos minidiscs.
Vale a pena ver mais músicos ao vivo, e pensar nas responsabilidades inatas à palavra músico, antes de agir.
Ás vezes esconde-se atrás do "laptop" (Computador Pessoal de Colo). Outras vezes prefere somar ao portátil as possibilidades de interacção de um controlador midi (pode ser uma Kaos Pad (Kid606), um Pocket Fader (Nathan Fake), ou um teclado com "tweaks" (botões rotativos que enviam um sinal respectivo ao grau em em que orienta). Tenho também presenciado actuações em que a maior parte do "instrumental" está pré-gravada num disco de P.C. ou num Minidisc, sobre a qual o músico cola uma voz, mais um ou outro instrumento no sentido mais clássico do termo. Lembro-me de um caso recente em que o instrumentista apenas possuía um computador e, a meio da situação expositiva, abandonou o palco e deixou o espectáculo a cargo do instrumento. Foi ao bar fumar um cigarro voltou e fez com que o som parasse.
Estes modos de apresentação do trabalho ainda não estão claramente institucionalizados e são sempre alvo de comentários no final dos espectáculos. A coisa é nova e não existe por aqui nenhum consenso sobre qual a melhor maneira de convencer uma audiência que fez bem em pagar bilhete. A verdade é que como instrumento o "laptop" permite, além de uma automatização dos conteúdos e da fixação desse resultado, um contributo activo do músico ao vivo e até do próprio público. As possibilidades são infinitas e, assim sendo, cada caso merece um estudo apropriado, e não apenas uma colagem da actuação típica de cada artista, indiferente às características do público e às características espaço.
Os produtores de música digital têm tido algumas dificuldades em afirmar um formato apropriado para uma actuação ao vivo mas, para mim, isso apenas se manifesta quando existe falta de dedicação. Às vezes tudo se pode resolver com uma ou duas palavras dirigidas ao público em som ou escritas numa projecção. E não vale a pena falar na falta de espaços apropriados e de público des-informado porque eles já cá estavam antes dos computadores e dos minidiscs.
Vale a pena ver mais músicos ao vivo, e pensar nas responsabilidades inatas à palavra músico, antes de agir.